"Tem coisas que são para ficar só na retina" - ensinou-me uma de duas simpáticas senhoras que tivemos o privilégio de conhecer logo no começo de nossa viagem, aguardando o trem de Lisboa para Madrid.
E assim foi Londres. Não porque eu quisesse, mas a própria cidade parecia não ter vontade de ser fortemente registrada através de fotos ou posts no blog. Só queria ser apreciada, vivida. Logo que cheguei no Brasil veio a realidade, trazendo formatura, trabalho e senhor wilson (meu avô) convalescente, uma soma de fatores que me impediu de escrever sobre Londres até hoje.
Sim, Londres é isso tudo. E muito mais. A capital inglesa não cansa de ser bonita, atraente e mágica, mais do que qualquer outro lugar que eu tivesse ido até então.
Em nosso primeiro dia, resolvemos fazer um walking tour oferecido gratuitamente por uma empresa de turismo. Chegando ao ponto de encontro, nos protegemos da chuva com ponchos de plástico e partimos. A espevitada guia nos contava em um esganiçado espanhol sobre diversos pontos interessantes da cidade, passando por castelos, praças, clubes de cavalheiros e claro, os inevitáveis Palácio de Buckingham, Big Ben e Abadia de Westminster.
Com o que nos restava de dia, seguimos a um dos diversos museus que oferecem entrada gratuita. Alias, em Londres, a gente não paga nada para entrar na maioria dos museus. Nosso escolhido foi o Tate Modern, que, como podemos deduzir, exibia diversas obras de arte moderna, desde Dalí (sempre por mim procurado), Miró (trazendo à memória a lembrança materna) até trabalhos da Pop Art e muitos mais. De uma sacada, paramos pra respirar um pouco às margens do Tâmisa, curtindo um visual raro.
Saindo do Tate Modern, passamos para o outro lado do rio através da ponte para pedestres Millenium Brigde, que com seu design moderno remetia às ondas que se agitavam timidamente lá embaixo. Travessia feita, chegamos à Catedral de Saint Paul, surpreendentemente vazia. Tivemos o privilégio de ser recepcionados pelo aconhegante som de um coral que se apresentava, trazendo uma preciosa sensação de paz que constratava com a agitaçao que reinava do lado de fora.
Saí de lá pronto pra uma noite de sono.