domingo, 18 de julho de 2010

Cadê a poesia?

"Se lembrar de celebrar muito mais".
Com essa frase do Fernando Anitelli eu abro esse texto e inauguro meu blog. Posso pensar em pouquíssimas outras formas melhores de fazê-lo. Mas prefiro assim. Por que escolhi essa frase? Por razões muito simples. Na última sexta-feira, tive o privilégio de participar de mais um "encontro para raros", que é como a trupe do Teatro Mágico se refere às suas apresentações. Claro que não me decepcionei, músicos excelentes, poesia feita com esmero e performance, muita performance.
Como se não bastasse, no sábado tive mais um privilégio, o de assistir o show de lançamento da nova turnê do Paulinho Moska. Desculpa, não consigo chamá-lo só de Moska, acho que lembro de Chiquititas e me dá um bloqueio. E surpreende. A poesia continua lá, trazida à vida através da mente brilhante que se expressa através de melodias, palavras, fotografias, caras e bocas.
Não falo isso tudo à toa, nem só para divulgar o trabalho de artistas que admiro. Compartilho minhas experiências porque quero trazer esperança, pra mim e pra quem me lê. Esperança de que num mundo em que fazem sucesso músicas vazias, com mensagens fúteis, sensuais e muitas vezes pornográficas, ainda existem aqueles que primam pela arte ao invés da grana.
Não quero dar uma de moralista, dizendo que não se pode falar da relação entre homem e mulher, por exemplo. Até acho bacana. Por sinal tem um livro, chamado Cantares (ou Cântico dos Cânticos), que fala bastante disso, de uma forma que me encanta.
O problema é que a música e a poesia se tornaram formas de encher os bolsos de cantoras descontroladas que sacodem as cabeças e outras partes do corpo enquanto cantam. No meio de tanto apelo sexual, piromania e superprodução, a poesia se perdeu. Virou algo secundário. Uma pena...
Maaaassss, como já disse, existem aqueles que ainda primam pela arte ao invés da grana. Por isso, queria dizer pra que não percamos a esperança. A poesia não morreu ainda. Ela está aí, sendo cantada por Teatro Mágico, Paulinho Moska, Maria Rita, Los Hermanos, os veteranos Gil, Chico e Caetano, além de muitos outros. No lugar de dar ouvidos a mensagens vazias de músicas comerciais, queria sugerir que nós nos esforçássemos ao máximo para descobrir e redescobrir a verdadeira arte.
Vamos nos lembrar de celebrar muito mais!

2 comentários:

  1. O show ontem foi pura poesia! Adorei o texto e a companhia de amigos que tem bom gosto musical!
    beijo dhi! :*

    obs: Ri qnd vc falou do Moska de Chiquititas! hahaha. Mt bom!

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  2. Muito bom, irmão!
    O layout, o título, têm muito a ver contigo!
    Com primeiro post já dá vontade de ler o proximo!

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