quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cacau e cevada

-O que que tem na Bélgica? - Isa me pergunta no trem que tomamos em Amsterdam.

-Chocolate e cerveja. - respondo eu pensando no que ate então sabia sobre o pais.

Passamos três noites e dois dias na Bélgica, nosso penúltimo destino aqui pelas Zoropa. Estando devidamente instalados num albergue com uma estrutura bacana, fomos ao supermercado pra descobrir que os preços eram bem salgados. Por indicação de uma funcionaria do hostel, fomos a um pub que mostrava que a fama do pais não era a toa: cerveja por 1euro ate uma da manha. Pronto, a noite tava salva.

No dia seguinte, pegamos um trem ate Bruges, uma cidadezinha medieval dali próxima e que tinha sido recomendada por muitos. O lugar tem diversas construções da Idade das Trevas, sem deixar de procurar trazer outras atracões para os turistas, mas que pode facilmente ser explorado em menos de um dia. Em algumas horas, conhecemos Markt, uma praça que deixaria qualquer cidade mineira com inveja, tanto pela bela igreja que ali se ergue, quanto pela quantidade de transeuntes e charretes que por ela trafegam. Passamos também por sua vizinha mais modesta, Burg.

Seguindo o cheiro que paira pelo lugarejo, chegamos ao Museu do Chocolate, onde, alem de ver a iguaria ser preparada na hora, também temos acesso a diversas informações sobre ela, como sua origem com os maias e os aztecas, sua popularização na Europa, chegando a forma como a consumimos hoje.

Dali, passeamos pelas varias ruelas de Bruges, chegando no Begijnhof, uma espécie de monasterio erguido na Idade Media, servindo de refugio para muitas mulheres sem marido. Ainda preservando seus ares de porto seguro, e uma típica construção medieval, com seu relaxante jardim central, cercado por muros e casinhas onde viviam as religiosas. Ali dentro, claro, esta uma pequena capela. As mulheres que ali viviam, procuravam dedicar-se a religião e encontrar abrigo, tendo feito o devido voto de probreza.

Despedidos pela chuva e carregando deliciosas sacolas recheadas com chocolate belga, voltamos para Bruxelas, onde preparamos um esperado jantar de bife com batata frita, que despertou a inveja dos olfatos alheios. Modéstia a parte, eu cozinho na moral.

Bruxelas também não nos exigiu muito, em pouco tempo visitamos os principais pontos turísticos, como a belíssima Grand Place e o inexplicavelmente famoso Manneken Pis, uma pequena fonte onde um gurizinho da um mijao na piscina. A estatua e simples como a descrição que dei.

Depois de andar um pouco pelas ruas, fomos ate o Atomium, primo renegado da Torre Eiffel. O monumento fica perto de um parque de exposições (uma espécie de Rio Centro) e foi construído para a exposição mundial de 1958. O sucesso foi tanto, que acabaram deixando ele por lá. Não deixa, contudo, de ser interessante, representando uma molécula de ferro aumentada 165 bilhões de vezes. Podemos pegar um elevados ate o "átomo" mais alto e, através das ligações com os outros, explorar o restante através de escadas (rolantes ou não). O ponto mais alto proporciona uma visão privilegiada dos arredores e as demais esferas da representação exibem uma mostra sobre a exposição mundial de 1958. No fundo, e uma Torre Eiffel dos nerds.

A singeleza da cidade permitiu que voltássemos cedo pro albergue a tempo de descansar um pouco e seguir a noite com uma simpática companhia ate um famoso pub da cidade, que oferece diversos tipos de cerveja com diferentes sabores.

No dia seguinte, tomamos o trem para Londres, nosso ultimo destino antes de voltar pro Brasil. Apesar de ter tido o caminho atrapalhado por burocracias rotineiras da imigração, chegamos na terra da rainha com novo fôlego, provavelmente fruto da sensação de reta final.

Sem muitas dificuldades para encontar o albergue, chegamos a tempo de nos instalarmos e sair para um tranquilo passeio margem do Tamisa, vendo de cara o Big Ben, o Parlamanento, a imensa London Eye, finalizando com um capuccino na Starbucks pertinho da Tower of London, famosa pela ponte que fica a sua frente. Só com isso já deu pra Londres deixar uma boa impressão.

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